As discussões acerca do meio ambiente costumam ser sobre clima e água, mas pouco se fala sobre o solo, por exemplo, que fundamenta a vida no planeta por meio de funções que lhe são inerentes. O solo é base para produção de alimentos, fibras e energia; sustentáculo de cidades e infraestrutura de transportes; fonte de matérias-primas e biodiversidade; suporte dos grandes ciclos biogeoquímicos; filtra e transforma resíduos; atua como reservatório de água e ainda mantém o registro histórico da evolução do planeta.

Porém, mesmo com essa importância toda, infelizmente ele se encontra ameaçado pelas ações predatórias do homem e não está sendo cuidado como deveria. O Brasil, por exemplo, perde milhões de toneladas de solo anualmente nos diversos sistemas de uso desse recurso natural e cuja imagem mais recorrente é a de rios impregnados de sedimentos.

Com o objetivo de induzir as reflexões sobre o modo como a terra é tratada,  além de lembrar seus benefícios para a vida, o dia 5 de dezembro foi  oficializado como o Dia Mundial do Solo pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2013, através da Resolução nº 68/232. A data foi criada pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo (IUSS), e é uma homenagem ao Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, conhecido pelo seu trabalho de preservação do solo e de apoio às questões ambientais.

Então, fica aqui uma reflexão: será que não estaria na hora de restituir aos solos seu papel fundamental no campo das preocupações ambientais e do desenvolvimento sustentável? Imprensa, governos, gestores ambientais e até professores de escolas básicas precisam colocar o solo na pauta de suas percepções, ações e compromissos.

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