Nada se mantém intacto sem conservação e preservação. Com as áreas urbanas isso não é diferente. Num momento em que o mundo busca qualificar as cidades em prol do meio ambiente e da saúde da população, projetos de transformação urbana desempenham um papel importante. Diferentes formas de intervenções nas cidades podem alterar áreas construídas ou espaços públicos com o objetivo de tratar questões sociais ou até reativar a economia local.

Nesse contexto, as práticas de renovação, requalificação, revitalização e reabilitação urbana são acionadas com vistas a contribuir para a resolução de uma ampla série de problemas urbanos. Primeiro, é preciso diferenciar os termos que são muitas vezes usados como sinônimos, mas não têm exatamente o mesmo significado. Brevemente:

  • Revitalização: trata de recuperar o espaço ou construção.
  • Renovação: trata de substituir, reconstruir, portanto pode alterar o uso.
  • Requalificar: dá uma nova função enquanto melhora o aspecto.
  • Reabilitação: trata de restaurar, mas sem mudar a função.

Cada um desses processos gera, portanto, resultados diferentes para a área urbana.

Para que a população possa usufruir e ser impactada de forma positiva pela área transformada, o planejamento deve apoiar-se na participação da comunidade.
Olympic Sculpture Park / Weiss Manfredi. © Benjamin Benschneider

Todos eles, no entanto, estão ligados à mesma ideia: transformar e regenerar espaços, zonas ou áreas urbanas a fim de rejuvenescê-los através da reconstrução de prédios ou de espaços públicos. Esses processos surgem da necessidade de resolver questões econômicas, sociais ou ambientais. Para que a população possa usufruir e ser impactada de forma positiva pela área transformada, o planejamento deve apoiar-se na participação da comunidade.

Leia mais: Áreas verdes: refúgios que fazem bem à saúde

Muitas vezes liderados por governos em parcerias público-privadas, esses projetos precisam da participação da sociedade para que atendam às suas necessidades e não acabem afastando a comunidade local. Esta é uma das críticas comuns a tal tipo de intervenção, já que, muitas vezes, grandes empreendimentos são construídos sem qualquer conexão com a realidade local.

espaços públicos com participação popular
Urbanização do Complexo Cantinho do Céu / Boldarini Arquitetura e Urbanismo, © Daniel Ducci

Novos modelos de transformações urbanas devem reconhecer que a mudança não pode mais ser responsabilidade de um único ator, organização, instituição ou setor. A mudança precisa de coalizões e movimentos de múltiplos atores, tanto do lado da demanda quanto da oferta, da inovação e da intervenção.

Fonte: GBC Brasil.

Comentários