Descartar corretamente os resíduos orgânicos e ainda obter energia durante o processo. Este objetivo, que já é conseguido em algumas propriedades rurais do Paraná pode, em breve, ser obtido em condomínios residenciais! Pelo menos é o que garante a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) que, liderada pela acadêmica de Engenharia Química Kelly Borne, implantou um biodigestor em um prédio residencial no Centro de Foz do Iguaçu.

Um biodigestor é um tanque completamente fechado que impossibilita a entrada de ar e acelera a decomposição da matéria orgânica. O condomínio residencial que serviu de projeto-piloto possui 720 moradores. Após pesquisar a quantidade de lixo orgânico e esgoto gerados pelo prédio, foram feitos diversos cálculos para analisar a capacidade de biodigestão do tanque. Os resultados apontaram que poderiam ser gerados 15,3 metros cúbicos de biogás por dia para o condomínio.

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Apesar dessa quantidade não permitir a autossuficiência energética do prédio, Kelly garantiu que a produção traria uma economia de R$ 10,8 mil por ano na conta de energia elétrica do condomínio. “Mesmo sendo uma produção baixa se comparada ao consumo total, consideramos que é viável economicamente, já que é uma tecnologia barata e ambientalmente correta.” analisa Kelly. O biogás produzido pode ser usado como gás de cozinha ou no aquecimento térmico do condomínio sem que haja necessidade de tratamento ou purificação.

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Fonte: Guia de Referência de Cobertura Jornalística de Energias Renováveis

O projeto da Unila ficou com o terceiro lugar no Prêmio Sanepar de Tecnologias Sustentáveis e, com o dinheiro da premiação, no valor de R$ 5.000,00, Kelly pretende investir no projeto implantando mais um biodigestor em outro condomínio do Paraná.

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Achamos muito bacana o projeto da Kelly e esperamos que ele receba investimentos para que possa ser inserido em mais condomínios de nosso país. A energia produzida é renovável e libera menos gases de efeito estufa, se comparado às energias fósseis. Além disso, o processo garante o tratamento do esgoto e dos resíduos orgânicos do prédio. Bom para o bolso, com a economia gerada, e ótimo para o meio ambiente! 🙂

 

* Fonte: Unila

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