A localização geográfica do Brasil torna nosso país uma potência iminente quando falamos em energia solar. Para se ter uma ideia, a região que recebe mais irradiação solar na Alemanha, que hoje é referência em aproveitamento deste tipo de energia, recebe 40% menos sol do que a região menos ensolarada do Brasil. As placas fotovoltaicas, que são feitas com metal e cobre, apesar de terem apresentado uma queda nos valores ao longo dos anos, ainda são consideradas caras para a maioria da população. Mas, e se existisse um projeto que transformasse um material, que antes não era reciclado, em coletores solares e ainda promovesse qualificação profissional para jovens de comunidades?

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O lixo eletrônico não costuma ser reciclado.

Esta é a ideia do Própolis (Polímeros para Inclusão Social), um projeto que conta com a parceria da  Instituição Social Ramacrisna com universidades mineiras e a ONG CDI Minas. O Própolis tem como principal objetivo proporcionar uma fonte de energia sustentável, barata e acessível para todos, oferecendo emprego, educação e qualificação profissional e, ainda, tratando do problema da destinação de resíduos plásticos de eletroeletrônicos.

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Protótipo do coletor solar.

Polímeros são plásticos muito encontrados em computadores que, geralmente, não são reciclados e vão parar direto nos aterros sanitários. Coube ao laboratório de polímeros da UFMG fazer diversas pesquisas e experimentos para saber se este material poderia ser utilizado para o desenvolvimento dos aquecedores solares. A Una e a Uni-BH também participaram das pesquisas, que tinham como desafio tornar os coletores leves e baratos para que fossem acessíveis à população. Já o CDI Minas ficou responsável por ensinar aos catadores, jovens e demais interessados como fazer a separação correta desse plástico. E a Instituição Ramacrisna, que cedeu um terreno próprio, será responsável por administrar a fábrica que será montada.

Leia mais: Plano nacional de energia prevê crescimento de energia solar até 2050.

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Parte da equipe com o protótipo do aquecedor solar.

Os protótipos dos aquecedores solares já estão prontos e agora essa turma do bem precisa de ajuda para montar a fábrica que produzirá os coletores para depois iniciar a comercialização à população. Para contribuir com o Projeto Própolis, clique aqui!

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