Engenheiro civil aponta tendências da área para melhorar a entrada de luz natural, algo que tem sido uma demanda dos clientes

Valorizar a luz natural tem sido uma tendência na construção civil. Isso porque a iluminação solar é uma forma de levar benefícios à saúde dos moradores e frequentadores e garantir mais sustentabilidade aos empreendimentos, ainda mais no Brasil. Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, o país recebe grande quantidade de irradiação solar, com mais de três mil horas no ano. Isso equivale a luz solar diária de 4.500 a 6.300 Wh/m². 

De acordo com o engenheiro civil Maurício Wildner da Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro, valorizar o uso da luz natural nos empreendimentos imobiliários tem sido importante também no sentido estético, pois torna os ambientes mais agradáveis aos usuários, sejam eles moradores ou trabalhadores de prédios comerciais. “O planejamento de espaços com previsão de incidência solar garante otimização energética para o edifício como um todo”, explica. 

De acordo com o especialista, empreendimentos com mais entrada de iluminação natural também têm sido mais procurados pelos futuros moradores ou por quem quer comprar ou alugar salas comerciais. “O cliente se interessa por espaços abertos e integrados e a possibilidade de relação do ambiente interno com o externo é de suma importância. Fachadas envidraçadas sem interrupções e com entrada de luz natural é uma característica já padrão na procura por imóveis. O cliente foge de empreendimentos onde ele se sente fechado”, comenta o engenheiro. 

Entre as características descritas pelo profissional da construção civil como tendência da área neste aspecto estão as fachadas de vidro com insulação, terraços verdes e edifícios com substituição de pavimentos de cobertura por pavimentos livres, chamados de rooftops

Foto: Diego Pisante

Uso diversificado 

Em Curitiba, um edifício com previsão de conclusão das obras para dezembro de 2022 se destaca com essas e outras características. O Seventy Upper Mansion, da Construtora Andrade Ribeiro, contará nas suítes dos apartamentos com esquadrias com vidros insulados de controle térmico e acústico. As plantas do empreendimento foram concebidas com a previsão de entrada máxima de luz natural nos ambientes. Outra característica é o rooftop de uso comum dos moradores, que diversifica a escolha de ambientes para eventos. 

No caso de empreendimentos comerciais, um exemplo é o AR3000, também na capital paranaense. O edifício possui fachada envidraçada, que valoriza mais a entrada de luz natural. Os vidros insulados com low-e e gás argônio do empreendimento garantem também eficiência energética e conforto aos usuários. Nos espaços de uso comum, os usuários do edifício ainda encontram uma área ao ar livre para uma pausa no trabalho ou nos eventos corporativos. 

“Utilizar esse recurso nos ambientes fechados e mesmo nos espaços comuns é essencial para o bem-estar de quem frequenta esses locais, no que se refere a saúde física e mental dos moradores e usuários de ambientes comerciais”, finaliza o engenheiro. 

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