Atualmente, o Brasil é o 4º país no ranking mundial de edificações certificadas como sustentáveis – certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), certificação renomada no mercado imobiliário internacional, presente em 167 países. No Brasil, existem hoje 1.302 projetos registrados e, destes, 489 certificados como construções verdes.

As edificações verdes alcançaram um patamar histórico, deixando de ser um privilégio das construções de alto padrão. Escolas, creches, lojas de varejo, comércio, residências, hospitais, entre outras edificações públicas ou privadas, já são projetados tendo como meta a certificação.

Estudo da Universidade de Harvard aponta que os ganhos financeiros atrelados às mudanças climáticas e à melhoria com saúde e bem-estar oferecidos pelas edificações verdes são de US$ 16,05 por metro quadrado. Nesse cenário, de 2007 a 2016, o Brasil gerou uma economia total de US$ 348 milhões, sendo US$ 251 milhões em economia de energia.

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Estudos também comprovam que as construções verdes são a melhor opção de negócios no setor imobiliário. A Fundação Getulio Vargas (FGV) analisou mais de 2.000 prédios comerciais na cidade de São Paulo, entre o 1º trimestre de 2010 e o 3° trimestre de 2014, e comprovou que as construções verdes recebem uma valorização por metro quadrado no aluguel de 4% a 8%. Também identificou que as construções verdes registraram taxa de vacância de 28,6% contra 34,1% nas edificações não certificadas. Outro ponto avaliado é que prédios verdes têm taxas de condomínio com valores entre 15% e 25% abaixo dos valores cobrados em edifícios convencionais.

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Segundo Felipe Faria, diretor-executivo do GBC Brasil, estes dados comprovam os benefícios de tal modelo de negócio, “além de justificar o crescimento desse mercado no Brasil, de forma madura e representativa”, completa o executivo.

As construções verdes já são uma realidade. Se antigamente existia a ideia de que eram muito mais caras do que as edificações tradicionais, hoje sabe-se que o investimento compensa. Apesar de o valor final ser levemente superior, os gastos durante a operação são bem menores, o que gera economia a longo prazo e, em consequência, recuperação do investimento.

O número de condomínios verdes aumenta à medida que cresce a quantidade de notícias que desmistificam a ideia de inacessibilidade dessas construções. Levando em consideração o panorama mundial, o Brasil assume papel de destaque entre os países que mais certificam edificações sustentáveis.

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